terça-feira, 6 de setembro de 2011

Energéticos



Criados na década de 60 para estimular os soldados estadunidenses que estavam na Guerra do Vietnã, os energéticos viraram “febre” no mundo inteiro nos últimos anos. Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (ABIR), de 2006 a 2010 o consumo de bebidas energéticas aumentou mais de 300% no país. A venda dos energéticos no Brasil é autorizada desde 1998 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em países como Dinamarca e França, eles são proibidos.

Por terem um gosto atraente, essas bebidas mascaram o cansaço e aumentam significativamente a freqüência cardíaca. Por isso, devem ser consumidas esporadicamente e com moderação. “As propriedades das bebidas energéticas são estimulantes. Algumas pessoas não têm sintomas de problemas cardíacos e os energéticos podem causar uma situação de estresse no coração podendo levar à arritmia e até mesmo à morte”, explica a médica endocrinologista Mônica de Castilhos.

Os médicos alertam para que as pessoas lembrem que energético não é refrigerante e não substitui a água durante os exercícios físicos. As latas encontradas no mercado, normalmente de 250 ml, contam com um grama de taurina, 80 mg de cafeína e 20 gramas de açúcar.

Misturadas com álcool, as bebidas energéticas tornam-se perigosas para o organismo dos adolescentes. “Como os energéticos são normalmente consumidos com bebidas alcoólicas, outro estimulante, elas afetam ainda mais o sistema nervoso central causando euforia e agitação, aumentando consideravelmente a freqüência cardíaca”, salientou a médica endocrinologista.

Efeito positivo – A secretária Maria* (nome fictício), de 21 anos, é uma pessoa que utiliza as bebidas energéticas para passar a dor de cabeça. Portadora de epilepsia, ela diz que desde os 17 anos convive com as fortes dores. “Já fui para o hospital por causa da dor de cabeça, nenhum remédio ajudava mais. Cheguei até a usar morfina”, conta ela.

Pesquisando, a jovem descobriu que a cafeína dilata os vasos sanguíneos. “Procurei uma bebida que possuísse bastante cafeína e encontrei os energéticos. Comecei a beber energético quando tenho dores de cabeça muito fortes, senão eu bebo café”, diz ela. No entanto, o consumo dos energéticos para esse fim não é recomendado pelos médicos, devendo as pessoas que estão com fortes dores de cabeça procurar um médico ou um hospital.

Isotônicos – As bebidas energéticas não podem ser consumidas com a mesma finalidade dos isotônicos. Ricos em sais minerais, água e carboidratos, os isotônicos reidratam o corpo após as atividades físicas. Já o energético, com sua grande quantidade de açúcar, fazem a função inversa, retirando água do organismo.

Fonte: engeplus.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário